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Top Bike - Honda CRF 450RW - Tim Gajser


Tim Gajser esteve próximo do título mundial da MXGP na temporada passada, mas erros cometidos principalmente na etapa na China, o afastaram do sexto título. Mas o esloveno retorna com a vontade de brigar novamente pelo campeonato, e para isso conta com sua poderosa Honda CRF 450RW, modelo renovado no ano passado e agora se mostra mais acertado. Vamos conhecer a motocicleta que Gajser vai acelerar neste ano no Mundial, onde se mantém como líder da categoria


A Honda CRF 450RW é a máquina de corridas desenvolvida pelos engenheiros e pelo poder técnico da Honda Racing Corporation (HRC) e do departamento de P&D da Honda no Japão. É considerada uma obra-prima de eficiência e desempenho de engenharia, e conta com um dos pilotos mais rápidos do planeta, Tim Gajser. Depois de vencer o campeonato mundial MXGP em sua moto de 2019, toda a máquina foi redesenhada completamente e Tim Gajser conquistou seu quarto título mundial em 2020. E o quinto campeonato veio em 2022. A máquina atual é a continuação em design e desempenho e do trabalho de milhares de horas na busca de mais um título mundial de MXGP, com Gajser e o espanhol Rubén Fernández sendo os pilotos de confiança encarregados de entregar esses resultados.


Vale lembrar que em 2016, o plano de três anos da HRC foi concretizado quando Tim Gajser levou a sua CRF 450RW ao título do Campeonato do Mundo MXGP – o primeiro da Honda em 16 anos, e no ano de estreia do piloto na categoria. Dois anos depois, Gajser reescreveu os livros de recordes da Honda novamente ao vencer sete provas consecutivas na MXGP, a caminho de conquistar o título de 2019, resultado que foi repetido no ano seguinte. Foi uma conquista fantástica e provou ainda mais a potência e o desempenho da Honda CRF 450RW. 


Depois de perder o título de 2021 por apenas 21 pontos, Gajser voltou com força em 2022, vencendo seis das sete primeiras etapas e nunca deixando escapar o controle da placa vermelha líder do campeonato. Ele continuou seu domínio e conquistou seu quinto título (quarto na MXGP) duas etapas antes do fim da temporada, com uma série de estatísticas apoiando sua afirmação como o piloto mais bem-sucedido dos últimos tempos.



O ano de 2023 não começou bem para Gajser, pois ele se machucou na pré-temporada e perdeu parte do ano. Já na temporada passada, quando parecia que ele poderia erguer novamente o título de campeão, deixou escapar o troféu depois de cometer erros no GP da China, e o espanhol Jorge Prado acabou sendo coroado campeão de 2024. 


Agora ele entra em 2025 procurando recuperar o título da principal categoria do Mundial. "Estou entrando neste ano com uma boa atitude e com a confiança de que posso ir melhor do que em 2024. Fiz muitas coisas boas no ano passado e cheguei muito perto. Então, foi decepcionante perder, mas isso é passado. Agora só posso me concentrar no futuro e no que posso fazer para tornar o ano bom. Sinto que meu treinamento de inverno foi bom, estou confortável com a moto e estou animado para o desafio que temos pela frente. Começamos e terminamos com novas pistas, e entre elas há todas as que já percorremos antes. Então, será um ano interessante e mal posso esperar para começar", disse Gajser, que se mantém na primeira posição na tabela de pontos.



Para essa missão ele conta novamente com sua poderosa Honda CRF 450RW, que foi totalmente renovada na temporada passada. Tendo como plataforma o modelo original, o mais leve de sua classe, e seguindo o espírito de centralização de massa da Honda, combinando peso leve e manobrabilidade sem esforço com entrega de potência utilizável. Além disso, suas proporções finas apresentam uma aerodinâmica afinada e um baixo centro de gravidade para um maior controle no ar.


As versões de fábrica da máquina são calçadas com pneus Pirelli e ganham uma série de peças de desempenho personalizadas, como pedais de titânio com grande aderência, parafusos de titânio para reduzir o peso, capa de banco com mais grip, cabeçote e árvore de cames com especificações de fábrica, pistão Vertex e escapamento Yoshimura personalizado, modelo RS12, com o sistema “bomber” na curva, totalmente de titânio e com a tampa em fibra de carbono. Esse mesmo material é encontrado também nos protetores do motor e freio dianteiro, com fabricação da renomada marca CRM. E para um melhor desempenho do motor, os filtros originais foram substituídos pelos "racing" da Twin Air.


Produtos da prestigiada marca Hinson também estão presentes nesta máquina. É possível notar que a tampa da embreagem é maior, o que denuncia uma quantidade maior de óleo dentro do motor. As tampas do motor são de magnésio e a bomba d’água tem um posicionamento mais vertical. Os radiadores também atraem a atenção. Eles são maiores e aparentam gerar um grande fluxo de líquido para a melhor refrigeração de todo o bloco do motor. Nas aletas, nota-se que os orifícios (únicos em cada lado) são totalmente diferentes do modelo de série, e isso certamente contribui para o melhor desempenho do motor, que vai trabalhar sempre na temperatura ideal. Um fato interessante é que os modelos de 250cc da equipe mantêm as aletas originais, do modelo de linha.


No quesito suspensão, a Showa foi mantida. Na dianteira, o sistema BRFC, com ajustes de compressão e retorno por parafusos, um ao lado do outro; no amortecedor traseiro e dourado, o pistão tem um tratamento diferenciado na área que desliza internamente para gerar menos atrito e realizar um trabalho mais uniforme, a mola é mais grossa e a haste recebe tratamento para redução de atrito (assim como no garfo dianteiro).



É possível ver o tanque de combustível um pouco mais alto que o banco, sinalizando que tratar-se de um tanque com maior volume de combustível, essencial numa prova do Mundial. Na moto de Gajser, ele é de titânio, material muito resistente. Ainda na lateral do chassi nota-se a aplicação de material adesivo com mais grip, para maior aderência das botas e colaborar na pilotagem do piloto.


As duas rodas continuam apresentando aros DID Black, que dão um toque interessante ao visual da moto, além de serem muito resistentes, e cubos usinados (CNC) e anodizados em vermelho, também mais resistentes e leves. Neles são montados os pneus da italiana Pirelli, que sempre são preenchidos com mousse. Os freios têm discos em formato “wave”, mordidos pelas pastilhas em pinças Nissin – sendo a dianteira construída a partir de um bloco. O disco de freio dianteiro recebe um protetor de fibra de carbono, e na traseira, apenas a pinça tem proteção, de plástico.


No guidão da marca Renthal há itens que merecem destaque. No lado esquerdo está o botão que desliga o motor, acompanhado do seletor de mapas e controle de tração. No lado direito está a partida elétrica. O guidão é preso por uma mesa exclusiva, forjada para esta moto e diferente de outras mesas especiais, sem ser vazada. Uma curiosidade que tivemos a oportunidade de verificar é que a moto do seu companheiro de equipe na MXGP, o espanhol Rubén Fernández, apresenta mesas especiais XTrig Rocs, vazadas e anodizadas em vermelho. Enfim, a preferência de cada piloto é fundamental na preparação e acerto das motocicletas. 



Estranhamente, e depois de anos de parceria com a Renthal e a DID para o fornecimento da corrente, coroa e pinhão, nesta nova versão a relação é da marca chinesa Choho, com coroa de 51 dentes, pinhão de 13 dentes e corrente Gold. Com certeza trata-se de uma nova parceria que coloca a marca em destaque mundial.


Tudo isso faz da Honda CRF 450RW 2025 uma moto totalmente nova, com mudanças expressivas que ajudarão a marca japonesa a manter os primeiros lugares nos pódios e, com certeza, na disputa do título da temporada. Basta esperar mais um pouco para ver se essa parceria entre Gajser e Honda vai render mais um título, o sexto do piloto da Eslovênia e o 23º título na principal categoria do Mundial.


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