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Entrevista Especial - Gustavo Jacob - Presidente da CBM


Em seu primeiro ano como presidente da Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM), Gustavo Jacob conseguiu realizar um dos seus grandes projetos, da própria CBM levar as equipes brasileiras para os maiores eventos do motocross e enduro mundial, o Motocross das Nações e o Six Days. Para isso, ele contou com sua equipe e os maiores nomes do esporte nacional – e o Brasil conquistou seu melhor resultado no Nações, o 13º lugar, com condições de ficar em top 10.


Conversamos com o presidente Gustavo Jacob sobre esse projeto já concretizado em seu primeiro ano à frente da entidade e também para saber sua opinião sobre a temporada passada dos campeonatos nacionais, além de todo o trabalho que a CBM realizou no off road em 2024. 


DA – Por que decidiu assumir a gestão do envio das equipes brasileiras para o Nações e Six Days?

JACOB – Na sua primeira entrevista comigo, eu havia dito que tinha essa intenção, de levar equipes para o Nações e o Six Days, pela CBM, pois tínhamos que gerenciar essas participações. E assim fizemos, em nosso primeiro ano à frente da entidade. Sendo sincero, achei que não conseguiria já naquela temporada, mas conseguimos.


Você montou uma Comissão Técnica no Nações, composta pelo Fernando Silvestre, Cale Neto e Guilherme Kyrillos. Como chegou a esses nomes?

Eu e o vice-presidente, o Paquito, chegamos a esses nomes depois de muita conversa. O Cale tem muita experiência no motocross nacional e o Gui tem feito um grande trabalho com sua equipe. São duas pessoas independentes, sem ligação direto com as fábricas, e mostraram competência no esporte. E o Fernandinho tem uma grande experiência no off-road nacional. Somos grandes amigos e acompanho e conheço o seu trabalho. Então, era o nome certo, com muita competência e experiência e de minha inteira confiança. Eu queria estar presente na prova, mas não foi possível.


E como foi a seleção dos pilotos para representarem o Brasil no Nações?

O Fabinho (Fábio Santos) nem precisa de apresentações, um piloto talentoso, um nome indiscutível. O Bernardo Tibúrcio é um grande piloto da MX2, também com grande talento e que teve uma experiência internacional no ano passado na Inglaterra. E o Enzo é um piloto que tem uma grande experiência internacional, e mostrou no Brasileiro de Motocross, em Interlagos, que estava em boa forma, também um nome indiscutível.


O Brasil conquistou seu melhor resultado no Motocross das Nações, o 13º lugar e com condições de top 10. Como foi conquistar esse resultado em seu primeiro ano na CBM como presidente e com seu projeto da própria entidade levar a equipe para a prova?

Era uma proposta que tinha desde o início do meu mandato, de montar uma estrutura para viabilizar esse projeto. Penso que tudo funcionou muito bem e conquistamos um grande resultado no Nações. E para o ano que vem, pretendemos fazer esse projeto ainda melhor. Eu só tenho que agradecer o apoio de todas as equipes, que não se opuseram em apoiar em nenhum momento. Comparando com anos anteriores, foi um investimento bem menor, já que conseguimos angariar um valor, reduzindo a participação das equipes no patrocínio. O ideal seria não depender das equipes, mas não é uma condição que a gente tem hoje. Mas vou trabalhar para isso.


Quais foram os patrocinadores desse projeto?

Foram vários os patrocinadores do projeto. Deixamos a equipe livre para conquistar os apoiadores, como os diretos, a Honda e a Yamaha, e também outros parceiros estratégicos. Além disso, tinha o patrocínio por doações, que ganhavam o kit do Nações. Foram estratégias muito interessantes.


E como avalia a participação da equipe brasileira no Six Days, frente a tantos desafios nesta edição, como a chuva e as lesões de alguns pilotos?

No Six Days não conseguimoa fazer um planejamento tão bom quanto no Nações, e isso é culpa da própria CBM, Mas dentro do planejado, eles se saíram muito bem. Eles tiveram que enfrentar condições super adversas, como chuva, lama, estafa, e algunsse lesionaram e mesmo assim continuaram na prova. Foram verdadeiros heróis.E além disso, no time Júnior, que contou com a presença do João Pedro, na equipe Latin América, ele foi muito bem. Então penso que dentro das condições que a prova apresentava, eles foram muito bem.


Os campeonatos nacionais de off-road foram muito disputados em 2024, tanto o motocross, como o enduro, rali, Arena Cross e outros. Como avalia esses eventos? Faltou algo?

Sempre tem algo pra melhorar, a gente nunca pode achar que está tudo certo, mas penso que a temporada foi um sucesso absoluto. Inclusive, estamos fazendo uma mudança no enduro este ano, para melhorar ainda mais. Penso que tudo foi muito bem executado, que os promotores são muito bons e com provas incríveis. 


No Brasileiro de Motocross houve a estreia da Copa IMS YZ125 bLU cRU. O que achou desse primeiro ano da prova?

Foi fantástico, tanto que o menino que foi campeão, o (Juan) Felipe, disputou a final do campeonato europeu, que aconteceu junto com o Nações neste ano, e teve um bom resultado. Então, o novo evento teve um alto nível, com grandes disputas. Fui jurado da seletiva para 2025 e vi o empenho de todos, tanto do pessoal da Yamaha como dos próprios pilotos.


Ficou claro que sem esse tipo de incentivo, a gente não vai conseguir criar novos pilotos num alto nível. E fechamos a temporada com muitos pilotos estrangeiros participando nos campeonatos nacionais em praticamente todas as categorias, sendo que alguns conquistaram títulos, como o francês Adrien (Metge), no rali.


Aproveitando seu comentário sobre a presença de pilotos estrangeiros nos campeonatos nacionais, como avalia a presença deles nas competições brasileiras?

Acho que é fundamental essa presença. Se não tivesse vindo o (Carlos) Campano lá trás, o motocross nacional não estaria no nível que está hoje. Essa presença é para subir a régua mesmo, não vejo problema algum nisso, é até uma forma de mostrar que o campeonato está forte, com interesse de grandes pilotos estrangeiros em participar. 


Temos algumas regras para não privilegiar os pilotos estrangeiros, e temos tomado esse cuidado. Todas as equipes as cumprem de boa maneira, bem tranquila, sem muito questionamento. Então, acho fundamental a participação deles nos campeonatos, para elevar o nível dos pilotos e dos eventos.


Chegamos ao final da temporada. Poderia resumir como foi seu primeiro ano como presidente da CBM?

Penso que foi um ano excepcional, pois trabalhamos para a CBM ser realmente a CBM, para poder ajudar as federações e os pilotos, entender seus problemas e suas necessidades. E conseguimos cobrir praticamente todas as competições no país: em cerca de 95% dos campeonatos brasileiros, em todas as modalidades, tinha alguém da CBM observando para conhecer as necessidades e conversando com os organizadores. Eu mesmo estive presente em várias oportunidades – fiquei em casa apenas dois ou três finais de semana. Foi desafiador, mas necessário. Precisamos conhecer os problemas e as necessidades para poder tratá-los. E conseguimos levar equipes brasileiras para o Nações e Six Days. Levar equipes em nosso primeiro ano foi uma vitória, nem imaginava que isso poderia acontecer neste ano. Resumindo, acredito que foi uma grande temporada em nosso primeiro ano à frente da CBM.


Para finalizar, o que podemos esperar de 2025? Teremos novidades?

Sempre! Estamos fazendo mudanças no enduro, temos novidades para a motovelocidade e no motocross também, mas tudo ao seu tempo. Existe o momento certo para divulgar, tem muita coisa boa para acontecer. Temos uma curva de aprendizado, mas penso que ela já acabou. A partir de agora é trabalhar para crescer ainda mais. Nesse primeiro ano nós entendemos os problemas, agora vamos tratá-los. Então, vamos para cima, com o apoio de todos. Acho que 2024 foi um ano muito vitorioso e conseguimos mandar equipes para o Nações e para o Six Days. Conseguimos realizar os campeonatos de uma maneira digna e satisfatória. Mas 2025 já está aí, batendo na porta, e tenho certeza que vai ser um ano de sucesso para todas as modalidades. 


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